Não desisti de entender, decifrar o que me move, estão estou de volta. De volta à palavra, ao mistério, ao espanto. De volta às vagas, aos lumes e aos vaga-lumes. Mais perto de mim, quem sabe, e do outro.
Comecemos pelo que importa: os trabalhos do amor. Foi o que me disse o Tarô quando deixou cair sobre o pano o Dois de Copas, assim desavisadamente. Se era provocação, aceitei. Sou fácil fácil (depois complica, mas isso é outra história…).
Amor de Psiquê
O Amor veio alado armado jurado à dama matar. Ela deu-se à sorte vencida fadada a viver sem par. Mas o Amor, menino, tropeçou no vento, feriu-se no ar. E caiu de amores pela dama presa entre a pedra e o mar. Amor incorpóreo que a dama inglória deixou penetrar sua alma cega de luz e de histórias, eterno esperar. Viu-se pois a dama perdida cindida entre a pedra e o mar. Cativa, ad eternum, da imensa agonia e do prazer de amar.
E seja bem-vinda! Já gosto do que leio e vejo. Junção mais que perfeita, desde Espanhas outras.
Beijocas!
Selma, você sabe bem, depois que a gente começa esse negócio vira um vício, né mesmo? Delícia de vício!
Beijinho.